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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Maná, Sombra e Água Fresca

Introdução:
                Três meses se passaram após a saída do Egito, foi bom deixar para trás a escravidão cantar e se alegrar após a salvação do Senhor ao concluir a travessia do mar vermelho, todos estavam com o coração alegre, pois o Senhor havia descido para remir seu povo. Para trás ficou a escravidão e o Egito, à frente a liberdade e a Canaã, terra prometida aos patriarcas, mas entre origem e destino muitas coisas ainda iriam acontecer e Israel conheceria o imenso amor de Seu Deus pelas suas vidas e sua providência. No deserto Israel aprenderia que seu pastor não permitiria que nada lhes faltasse.

 Contexto:
                O Senhor triou a todos do Egito, próximo ao fértil Nilo da terra de Gosen, que conforme afirma a própria bíblia era a melhor terra do Egito, e coloca o seu povo no deserto sem fim. Os mantimentos que foram levados do Egito estavam acabando, Moisés conhecia aquela região e sabia que próximo ao Sinai não encontrariam muitos lugares em que a água seria suficiente para todos os milhões de pessoas que estavam com ele. O lugar era belo e cheio de Oasis formados, mas que supririam apenas as necessidades de alguns viajantes e suas pequenas caravanas.
                O povo começou a se preocupar e a fome começou a falar mais alto, a ponto de os mesmos homens que haviam sofrido a escravidão do Egito, e visto as maravilhas do Senhor em sua liberdade há alguns meses atrás clamassem para retornar aquele lugar. (Êxodo 16: 2 e 3 (Ler)).
                O povo murmurou contra Moisés e contra Deus e o Senhor que assumira a responsabilidade de cuidar deste povo, não se omitiu, mas cumpriria sua promessa de salvação, nem que tivesse que cair pão do Céu.
 
Providência Divina:

1.       Comida: Maná o Pão do Céu, com gosto de Mel. (Êxodo 16: 4 -8 (Ler))

a.        Primeiramente o povo desejou carne e o Senhor disse a Moisés que ao fim da tarde saberiam que era Deus e pela manhã teriam o pão. Esse cuidado ajudaria os israelitas a entenderem e reconhecerem que o Senhor era seu maravilhoso libertador, esta mensagem precisava ser entendida de forma a influenciar o modo como encaravam a vida e tomavam suas decisões.

b.       O fato de Deus providenciar o Maná significou que o povo poderia viajar sem a preocupação de obter comida, como o Maná não era produto de um trabalho, sua provisão por parte de Deus reverteu o resultado da queda de Adão, onde Deus disse: “Em fadiga comerás da terra todos os dias de tua vida e ainda sim a terra dará espinhos e abrolhos”.

c.        Cada pessoa pegava o que necessitava para um dia, esta era uma forma de os israelitas demonstrarem confiança de que o Senhor seria o seu provedor de todos os dias, desobedecer a esta regra da colheita mostraria falta de confiança em Deus.

d.       E ainda sim, o povo não precisa trabalhar no sétimo dia, podiam descansar pois o Senhor providenciará um dia antes o que precisavam, o que não acontecia no Egito, que quisesse comer deveria trabalhar todos os dias.

2.       Água Fresca: Mesmo no deserto, Deus não permitiu que faltasse água para seu povo, operando milagres em várias ocasiões. (Êxodo 17:1-6 (Ler))

a.        Massá e Meribá foram os nomes dados aquele lugar pelo seu significado, que é tentar ou testar e contender ou contenda, respectivamente, muito usado em disputas legais. Os israelitas nesta ocasião trouxeram contra o Senhor uma causa, acusando – o de não cuidar deles de maneira adequada. A questão sobre sua presença entre eles resume a acusação de que o Senhor não estava agindo em benéfico do povo como deveria e como tinha prometido.

b.       Este mesmo povo que murmurava agora, em dois capítulos atrás já tinham sido tratados por Deus e não precisavam ter duvidas que o Senhor iria prover o que lhes era necessário para a sobrevivência, se já lhes dava pão que dificuldade teria em lhes dar água. (Êxodo 15: 23-25 (Ler)). Nesta passagem Deus transformou águas amargas em águas doces e boas para o consumo, que duvida deveriam ter de que o Senhor providenciaria o necessário.

c.        Ainda sim, se lermos mais adiante notamos que o Senhor mais vez irá providenciar água de forma milagrosa para o seu povo que também estava contendendo contra Deus. NM 20:10-13 (Ler).


3.       Sombra: Ainda sim presença de Deus se evidenciava na visibilidade da nuvem e da coluna de fogo; o conforto era físico e espiritual. (Êxodo 13:21-22 (Ler)).

a.        Para Israel o deserto foi mais que um caminho, foi uma escola. Eles tiveram a oportunidade de aprender sobre o amor de Deus, sua misericórdia e a fidelidade deste Deus. Ele por sua vez os conduziu pelo Deserto e os experimentou ao longo da jornada de quarenta anos.

b.       Veja o objetivo de Deus em Deuteronômio 8: 2-6. Assim como um pai castiga um filho a fim de corrigi-lo e o colocar no caminho certo, assim Deus teve o cuidado com os Hebreus.

 Aprendizagem:

                Tudo o que o Israel viu e passou nos ensina muito sobre o Senhor e a mensagem que Ele tentou deixar para sua nação, e que hoje nos deixa da mesma forma. Sem perceber algumas vezes agimos como os Hebreus, em meio às batalhas ou ao sofrimento nos esquecemos do que o Senhor já nos fez, das vitórias que nos deu e como cuidou de todos nós, nos mínimos detalhes até aqui.

                E hoje o nosso Deus se faz tão vivo e presente como antes:

 

1.       Jesus é o pão vivo que desceu do céu, suficiente provisão para todos e para toda a vida, a fim de nos manter fortalecidos nas caminhadas. (Jo 6: 27 e 41b (Ler));

2.       Apresentar o Espírito Santo como fonte de água que brota para a vida eterna (Jo 7: 37 e 38 (Ler));

3.       Podemos destacar a constante proteção oferecida por Deus a quem caminha com Ele em humildade e submissão. (Sal 59: 16 (Ler));

 
Conclusão:

                O objetivo principal deste estudo e algo que alguns Hebreus devem ter percebido no meio de todos estes acontecimentos é exaltar o poder provedor e sustentador de Deus. Notem que Deus lhes fez uma promessa e dia a dia a reforçava através de seu cuidado, ainda sim, como maiores privilegiados tinham a presença do Senhor dia e noite durante quarenta anos de peregrinação no deserto, ora em forma de nuvem que lhes dava descanso ora em forma de coluna de fogo que lhes aquecia e os protegia. Ainda sim, nenhum desta geração entrou na terra prometida, pois cedo se desviou sua devoção sincera e se inclinaram para a murmuração. Mesmo assim Deus não deixou de fazer a sua parte. Isto é um testemunho da fidelidade de Deus e da extensão da sua misericórdia e graça, mas igualmente um alerta para todos os que andam nesta terra a sombra de Deus e desejam por eles ser recebidos na glória. (I Co 10: 1-6 (Ler))

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