Três meses se passaram após a saída do Egito, foi bom deixar para trás a escravidão cantar e se alegrar após a salvação do Senhor ao concluir a travessia do mar vermelho, todos estavam com o coração alegre, pois o Senhor havia descido para remir seu povo. Para trás ficou a escravidão e o Egito, à frente a liberdade e a Canaã, terra prometida aos patriarcas, mas entre origem e destino muitas coisas ainda iriam acontecer e Israel conheceria o imenso amor de Seu Deus pelas suas vidas e sua providência. No deserto Israel aprenderia que seu pastor não permitiria que nada lhes faltasse.
O povo começou a se preocupar e a fome começou a falar mais alto, a ponto de os mesmos homens que haviam sofrido a escravidão do Egito, e visto as maravilhas do Senhor em sua liberdade há alguns meses atrás clamassem para retornar aquele lugar. (Êxodo 16: 2 e 3 (Ler)).
O povo murmurou contra Moisés e contra Deus e o Senhor que assumira a responsabilidade de cuidar deste povo, não se omitiu, mas cumpriria sua promessa de salvação, nem que tivesse que cair pão do Céu.
Providência Divina:
1.
Comida:
Maná o Pão do Céu, com gosto de Mel. (Êxodo 16: 4 -8 (Ler))
a.
Primeiramente o povo desejou carne e o
Senhor disse a Moisés que ao fim da tarde saberiam que era Deus e pela manhã
teriam o pão. Esse cuidado ajudaria os israelitas a entenderem e reconhecerem
que o Senhor era seu maravilhoso libertador, esta mensagem precisava ser
entendida de forma a influenciar o modo como encaravam a vida e tomavam suas
decisões.
b.
O fato de Deus providenciar o Maná
significou que o povo poderia viajar sem a preocupação de obter comida, como o
Maná não era produto de um trabalho, sua provisão por parte de Deus reverteu o
resultado da queda de Adão, onde Deus disse: “Em fadiga comerás da terra todos
os dias de tua vida e ainda sim a terra dará espinhos e abrolhos”.
c.
Cada pessoa pegava o que necessitava
para um dia, esta era uma forma de os israelitas demonstrarem confiança de que
o Senhor seria o seu provedor de todos os dias, desobedecer a esta regra da
colheita mostraria falta de confiança em Deus.
d.
E ainda sim, o povo não precisa
trabalhar no sétimo dia, podiam descansar pois o Senhor providenciará um dia
antes o que precisavam, o que não acontecia no Egito, que quisesse comer
deveria trabalhar todos os dias.
2.
Água
Fresca: Mesmo no deserto, Deus não permitiu que faltasse
água para seu povo, operando milagres em várias ocasiões. (Êxodo 17:1-6 (Ler))
a.
Massá e Meribá foram os nomes dados
aquele lugar pelo seu significado, que é tentar ou testar e contender ou
contenda, respectivamente, muito usado em disputas legais. Os israelitas nesta
ocasião trouxeram contra o Senhor uma causa, acusando – o de não cuidar deles
de maneira adequada. A questão sobre sua presença entre eles resume a acusação
de que o Senhor não estava agindo em benéfico do povo como deveria e como tinha
prometido.
b.
Este mesmo povo que murmurava agora,
em dois capítulos atrás já tinham sido tratados por Deus e não precisavam ter
duvidas que o Senhor iria prover o que lhes era necessário para a
sobrevivência, se já lhes dava pão que dificuldade teria em lhes dar água.
(Êxodo 15: 23-25 (Ler)). Nesta passagem Deus transformou águas amargas em águas
doces e boas para o consumo, que duvida deveriam ter de que o Senhor providenciaria
o necessário.
c.
Ainda sim, se lermos mais adiante
notamos que o Senhor mais vez irá providenciar água de forma milagrosa para o
seu povo que também estava contendendo contra Deus. NM 20:10-13 (Ler).
3.
Sombra:
Ainda sim presença de Deus se evidenciava na visibilidade da nuvem e da coluna
de fogo; o conforto era físico e espiritual. (Êxodo 13:21-22 (Ler)).
a.
Para Israel o deserto foi mais que um
caminho, foi uma escola. Eles tiveram a oportunidade de aprender sobre o amor
de Deus, sua misericórdia e a fidelidade deste Deus. Ele por sua vez os
conduziu pelo Deserto e os experimentou ao longo da jornada de quarenta anos.
b.
Veja o objetivo de Deus em Deuteronômio
8: 2-6. Assim como um pai castiga um filho a fim de corrigi-lo e o colocar no caminho
certo, assim Deus teve o cuidado com os Hebreus.
Tudo o que o Israel viu e passou nos ensina muito
sobre o Senhor e a mensagem que Ele tentou deixar para sua nação, e que hoje
nos deixa da mesma forma. Sem perceber algumas vezes agimos como os Hebreus, em
meio às batalhas ou ao sofrimento nos esquecemos do que o Senhor já nos fez,
das vitórias que nos deu e como cuidou de todos nós, nos mínimos detalhes até
aqui.
E
hoje o nosso Deus se faz tão vivo e presente como antes:
1.
Jesus é o pão vivo que desceu do céu,
suficiente provisão para todos e para toda a vida, a fim de nos manter
fortalecidos nas caminhadas. (Jo 6: 27 e 41b (Ler));
2.
Apresentar o Espírito Santo como fonte
de água que brota para a vida eterna (Jo 7: 37 e 38 (Ler));
3.
Podemos destacar a constante proteção
oferecida por Deus a quem caminha com Ele em humildade e submissão. (Sal 59: 16
(Ler));
O
objetivo principal deste estudo e algo que alguns Hebreus devem ter percebido
no meio de todos estes acontecimentos é exaltar o poder provedor e sustentador
de Deus. Notem que Deus lhes fez uma promessa e dia a dia a reforçava através
de seu cuidado, ainda sim, como maiores privilegiados tinham a presença do
Senhor dia e noite durante quarenta anos de peregrinação no deserto, ora em
forma de nuvem que lhes dava descanso ora em forma de coluna de fogo que lhes
aquecia e os protegia. Ainda sim, nenhum desta geração entrou na terra
prometida, pois cedo se desviou sua devoção sincera e se inclinaram para a
murmuração. Mesmo assim Deus não deixou de fazer a sua parte. Isto é um
testemunho da fidelidade de Deus e da extensão da sua misericórdia e graça, mas
igualmente um alerta para todos os que andam nesta terra a sombra de Deus e
desejam por eles ser recebidos na glória. (I Co 10: 1-6 (Ler))
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