Licões Sobre José no Egito
Introdução
A
história dos patriarcas é apresentada em Genesis considerando os aspectos
naturais da vida e as intervenções sobrenaturais de Deus. O ciúme dos irmãos
mais velhos e a preferência de Jacó por José são compreensíveis. Todavia,
embora os sentimentos e intentos sejam próprios dos homens, o rumo da história
pertence a YAHWEH. Os atos dos homens, tanto bons como maus, resultarão, ao
final, no cumprimento das promessas de Deus e no desenvolvimento do seu plano
redentor.
Atitudes de José Perante Seus Irmãos e
as consequências
Jacó, teve quatro esposas foi pai de doze
filhos, sendo:
De sua primeira esposa Lia:
1.
Rúben (que significa eis
um filho)
2.
Simeão (escuta)
3.
Levi (apego)
4.
Judá (louvor)
5.
Issacar (alugado, ou recompensa)
6.
Zebulon (habitação)
7.
Diná (justificada).
Da sua serva Zilpa:
1.
Gade (boa sorte)
2.
Aser (feliz)
De sua segunda esposa Raquel:
1.
José (Ele tirou, ou possa Ele acrescentar)
2.
Benjamim (filho da minha mão direita)
Da sua serva Bila:
1.
Dã (justiça)
2.
Naftali
(luta)
José é mencionado, pela vez primeira, nas Escrituras
Sagradas, em Gn.30:24, quando se noticia o seu nascimento miraculoso. Raquel,
sua mãe e a mulher predileta de Jacó, por quem o velho patriarca havia
trabalhado para Labão durante quatorze anos, era estéril. Entretanto, Deus lhe
abriu a madre e José nasceu, revelando, desde logo, que se tratava de uma
pessoa com uma missão especial no plano divino para a salvação do homem. Seu
nome, “José” (em hebraico, “Iossêf”) significa “Deus acrescenta” ou “aquele que
acrescenta”, nome dado por Raquel para expressar ao Senhor seu desejo de ter
mais um filho, desejo que foi atendido, embora Raquel tenha morrido neste seu
segundo parto (Gn.35:16-19).
O
fato de Jacó mandar sempre que José lhe trouxesse informações, mostra que José
era uma pessoa cuidadosa, fiel e observadora, o que parece não se repetia na
conduta de seus irmãos. Em Gn.37:14, por exemplo, Jacó pediu a José que
trouxesse informações não só a respeito dos seus outros filhos, mas também do
rebanho, circunstância que revela a falta de confiança que Jacó tinha em
relação aos seus filhos, bem como a própria falta de qualidade no serviço
deles.
De pronto, vemos que José, ainda com 17 anos,
já se revelava uma pessoa que cumpria rigorosamente com seus deveres, que
apresentava sempre um serviço de qualidade, cuja excelência no trabalho se
revelava como um importante diferencial em relação às pessoas que o cercavam.
Mas, se José se apresentava como
um servidor excelente de seu pai, também refletia um traço de caráter que lhe
traria muito transtorno. Embora trabalhasse bem, fosse digno de confiança de
seu pai e pessoa cuidadosa, era um jovem que fazia questão de se fortalecer à
custa da desgraça alheia. Com efeito, a Bíblia nos diz que “…José trazia uma má
fama deles(dos seus irmãos, observação nossa) a seu pai” (Gn.37:2). José,
talvez para se fortalecer ainda mais diante de seu pai, fazia questão de
somente contar as coisas ruins, de alimentar a “má fama”, de “difamar”, isto é,
“afirmar e divulgar fatos que ofendem a reputação de outrem”. José não se
importou em destruir a reputação de seus irmãos junto a seu pai e, por isso, ao
longo de sua vida, terá sempre a sua reputação ferida, num clássico exemplo
bíblico da “lei da semeadura” (Gl.6:7).
Apesar desta situação de guerra,
José não se intimidou em contar a seus irmãos e a seu pai os sonhos que teve,
sonhos que vieram da parte de Deus, mas que foram revelados por José de modo
precipitado e, até certo ponto, ingênuo. Foram dois sonhos. O primeiro em que
os filhos de Jacó atavam molhos no meio do campo e o molho de José se levantava
e ficava em pé, enquanto que os demais molhos o rodeavam e se inclinavam ao seu
molho (Gn.37:6-8). Ao contar o sonho aos seus irmãos, isto aumentou ainda mais
o aborrecimento deles em relação a José, pois era nítida a interpretação de que
José deveria reinar ou dominar sobre eles.
José confiando em Deus de Escravo
traidor ao 2º no reino
A história de José esta repleta dos mais
diversos sentimentos, e assim como nossa vida repleta de mudanças e da
necessidade de confiar no Senhor mediante as adversidades.
A vida de José se divide em quatro
partes:
1. José aprisionado por seus irmãos e vendido
como escravo aos egípcios. (Imaturidade e desavença com seus irmãos)
a.
José sai para
procurar seus irmãos em uma cidade a mando de seu pai, pois estavam com rebanho
e seu precisava de noticias, ao avista-los de longo seus irmãos começaram a
tramar (Inveja e Ódio), quando José chega até seus irmãos estes retiram suas
roupas e o lançam em um poço seco (Medo), discutem entre si sobre o que fazer
com ele quando Ruben, filho mais velhos dos 12 tenta convencer a todos que
façam aquilo (Misericórdia). Decidem vende-lo com escravo e mancham sua roupa
para enganar seu pai, dizendo que encontraram suas roupas com sangue, e
acreditavam que algum animal o teria matado. Todos mentem ao pai que jura ficar
de luto por toda a vida.
2.
José é empregado
de Potifar e o segundo em sua casa (Integridade, Fidelidade e Confiança no no
Senhor)
a.
José foi vendido
a Potifar que era capitão da guarda do rei do Egito, e neste momento notamos
que desde que foi vendido algo mudou em seu coração e em sua atitude,
lembrou-se do Deus de Abraão e de Isaque que seu pai tanto falara e passou a
confiar nele e podemos afirmar isto pela postura que apresenta a partir daqui e
da forma como age com relação ao trabalho e vida pessoal. Em sua função na casa
de Potifar se fez o melhor e Deus o abençoou com a graça de seu mestre e passou
a ser o 02º na casa de Potifar e mandava na casa tanto quanto o próprio dono, a
única coisa que não podia tocar era em sua mulher e José estava bem ciente
disso. Mas por fim a mulher de Potifar o desejou e quis possui-lo, aparentemente
José estava só, podia fazer o que quisesse e ninguém saberia para poder
julga-lo, mas seu coração apontava em outra direção neste momento, não era um
menino que buscava coisas vãs e sim um homem que sabia que o que tinha era pela
misericórdia de Deus e que ansiava honrar este Deus que o abençoara tanto. Fugiu
da presença da mulher que mentiu para seu marido que mandou prender José.
3.
José é
prisioneiro na cadeia onde ficam os presos do rei e se torna o prisioneiro
vigilante. (Humilhação e mais uma vez o Favor de Deus)
a.
Já preso José
permaneceu confiante no Senhor, claro que em sua mente muitas coisas passavam
pois agora tinha aproximadamente 20 anos estava longe de tudo que considerava
fundamental para a vida e para sua
existência, de seu família, enfim estava só em terra estrangeira e ainda preso.
O carcereiro colocou José como encarregado do presídio e Deus esteve com José
este tempo e a bíblia diz que o carcereiro com nada se preocupava, pois José
cuidava de tudo. Um dia dois homens prisioneiros do Rei tiveram um sonho e José
os interpretou dizendo que um iria morrer e o outro voltaria a trabalhar para o
Rei, e lhe pediu que se lembrasse dele nesta data e pedisse a favor dele.
Passado três dias ocorreu como José disse mas o homem não se lembrou de José.
4.
José interpreta
os sonhos do Rei, lhe propõem estratégias para salvar o reino e é promovido a
governando do Egito.
a.
Passados dois
anos o Rei teve um sonho que o intrigou e nenhum de seus adivinhos conseguia
lhe explicar, o homem a quem José havia revelado o sonho se lembrou de José e
afirmou ao rei que ele o poderia ajudar. Assim o rei pediu a ele que
intrepetasse o sonho e este lhe disse que siginificavam sete anos de fartura e
sete anos de fome, e ainda foi além sugeriu ao Rei que estratégias de como
garantir a sobrevivência do povo durante este período, o rei se maravilhou tudo
isso, e José lhes disse que o seu Deus o havia revelado estas coisas, e o
nomeou governador do Egito tendo sobre ele somente o Rei e mais ninguém, o rei
ainda lhe deu seu anel que era sua assinatura como sinal de autoridade e tudo o
que corria no pais teria que passar por José. Deus esteve com ele e José
acumulou tanto alimento que a bíblia diz eram como as areias do mar.
O
mundo inteiro é tratado pelo Egito
Após os sete anos de fartura, entra em cena a
atividade do Salvado do Mundo como foi José chamado por faraó.
José
manteve – se integro ao Senhor em todo este tempo, e o Senhor encontrou nele o
salvador de Israel, quando Jacó fica sabendo que no Egito há alimento envia
seus filhos para que possam assim comprar, e acabam por se Encontrar com José.
Os
sentimentos de José ao reencontrar seus irmãos (José chorou)
Após
tantos anos longe de casa, mas na presença do Senhor José pode finalmente
entender o que era servir ao Senhor. Era abrir mão de si mesmo, e ver que Deus
é o único capaz de tirar algo de bom das situações ruins que acontecem conosco,
ali José já havia entendido o propósito de tudo o que lhe ocorrerá, mas também
entendia que seus irmãos precisavam admitir seus pecados ao Senhor para que
assim fosse perdoados e faz uma série de testes com seus irmãos.
Primeiro
questiona a integridade de todos e os aprisona, onde estes confessam entre si,
sem saber que José entendia sua língua, pois falava com eles mediante
interprete, os pecados que cometeram contra seu irmão.
José pede que seus irmãos tragam para ele o
irmão mais moço Benjamin que havia ficado em Canaã junto ao seu pai por ser o
único filho de Raquel que sobrevivera e deixa presos a um de seus irmãos por
dois anos.
No
retorno para casa mais um teste, no saco de mantimentos de seus irmãos são
encotrados todo o dinheiro que eles levaram para pagar as compras.
Quando
retornaram para o resgate seus irmãos também estavam mudados, e foram justos ao
devolver os valores que não haviam sido cobrados anteriormente. Ainda sim José
os pressiona e Judá se coloca como prisioneiro no lugar de Benjamim que fora
acusado de roubar uma taça de prata de José e isto foi o suficiente para que
José se entregasse para seus irmãos e se revelasse a eles pedindo que toda sua
família ao todo 70 membros sem considerar as mulheres fossem para o Egito.
A
promessa de Deus a Abraão, Isaque e Jacó começa a se cumprir
É
neste momento que a promessa do Senhor a Abraão começa a fazer sentido:
Então
disse a Abrão: Sabes, de certo, que peregrina será a tua descendência em terra
alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos,
Mas
também eu julgarei a nação, à qual ela tem de servir, e depois sairá com grande
riqueza.
E
tu irás a teus pais em paz; em boa velhice serás sepultado.
E
a quarta geração tornará para cá; porque a medida da injustiça dos amorreus não
está ainda cheia.
Gênesis
15:13-16
O
habitar em Gosen e as bênçãos proferidas por Jacó
O favor de José junto ao faraó era tão grande
que este ofereceu ao seus familiares a terra de Gosen onde todos os israelitas
iriam habitar a partir de então e como a
própria palavra do Senhor diz era a melhor terra no Egito e ali Jacó profetiza
sobre seus doze filhos parafraseando as palavras do Senhor e indicando que
seriam uma grande e forte nação.
Reconciliação
Total de José e seus Irmãos
Após a morte de Jacó seus irmãos preocupados
com o fato de José querer se vingar, ainda não entendiam o perdão de José por
causa da ultima situação de seu encontro onde José os colocou a prova e assim
seus irmãos arrependidos e preocupados disseram a José que não os matassem mas
que os perdoassem e se entregaram como Servos, José pos-se a chorar os perdoou
mais vez e os acalmou com palavras carinhosas.
Conclusão
– Lições para hoje
O
que aprender a fazer com José:
a) José em todos os momentos de sua vida foi uma
pessoa que se preocupou em agradar ao Deus e te-lo como prioridade.
b)
A segunda lição
que apredemos com José é fidelidade a Deus independente das circuntâncias.
c)
A terceira lição
que aprendemos com José é o da excelência do serviço, da dedicação e do esforço
no trabalho secular o espiritual.
d)
Devemos manter a
pureza e a separação do pecado para mantermos um relacionamento com Deus, mesmo
em terras distantes José levava em seu coração o temor a Deus e a seus
preceitos.
e)
Perdão.
f)
Prioridade as
benção espirituais, pois como governador do Egito José poderia ter todas as
riquezas e bens que aquela época poderia oferecer mas se apegou aos princípios
do Deus verdadeiro e desta forma salvou a terra que conhecia.
g) Humildade, pois no momento em que explicou ao
Faraó o sonho este foi elogiado, e não se exaltou, simplesmente disse a Faraó
que só lhe dizia o que Deus o havia revelado, levando toda a glória a Deus e
exaltando ao Senhor.
O
que aprender a não fazer com José:
a) Evitar difamação ou fofocas dos outros, o
difamar ou seja buscar encontrar defeitos e erros no que os outros fazem tem
como única consequência a desordem, criação de inimizade e inveja, devemos não
buscar apontar mas buscar apoiar, pois todos somos pecadores e carecemos do
perdão e correção do mesmo Senhor. Lembre-se o Senhor não precisa de advogados
de acusação pois ele é o Juiz.
b)
Desejo de nos
impormos aos demais ante a revelação divina do nosso chamado, pois devemos
aprender que o que Deus nos revela tem o tempo certo para se cumprir e não deve
ser usado para imposição ou como status, as promessas do Senhor serão
recepcionadas quando estivermos prontos para recebe-las e não no momento em que
achamos que podemos recebe-las pois as usaremos mau.
c)
Jamais podemos
confiar em nossas próprias forças, ou em nós mesmos e irmos ao encontro do
inimigo despreparado, devemos sim estarmos vigilantes em oração por nós e uns
pelos outros para que possamos enfrentar as adversidades respaldados por Deus.
d) Controlar o nosso Ego, José por diversas vezes
tentou utilizar o dom de Deus para que pudesse ter alguma vantagem como se
estivesse querendo dar uma ajuda a Deus, mas em todas obiteve problemas,
primeiro na revelação imatura dos sonhos na casa de seu pai que fomentou o ódio
de seus irmãos, e o pedido que fez ao copeiro de falar ao rei a seu favor, pois
o copeiro nada falou e este ficou preso por mais dois anos para que não
acreditasse que seus esforços o levaram a vencer.