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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Maná, Sombra e Água Fresca

Introdução:
                Três meses se passaram após a saída do Egito, foi bom deixar para trás a escravidão cantar e se alegrar após a salvação do Senhor ao concluir a travessia do mar vermelho, todos estavam com o coração alegre, pois o Senhor havia descido para remir seu povo. Para trás ficou a escravidão e o Egito, à frente a liberdade e a Canaã, terra prometida aos patriarcas, mas entre origem e destino muitas coisas ainda iriam acontecer e Israel conheceria o imenso amor de Seu Deus pelas suas vidas e sua providência. No deserto Israel aprenderia que seu pastor não permitiria que nada lhes faltasse.

 Contexto:
                O Senhor triou a todos do Egito, próximo ao fértil Nilo da terra de Gosen, que conforme afirma a própria bíblia era a melhor terra do Egito, e coloca o seu povo no deserto sem fim. Os mantimentos que foram levados do Egito estavam acabando, Moisés conhecia aquela região e sabia que próximo ao Sinai não encontrariam muitos lugares em que a água seria suficiente para todos os milhões de pessoas que estavam com ele. O lugar era belo e cheio de Oasis formados, mas que supririam apenas as necessidades de alguns viajantes e suas pequenas caravanas.
                O povo começou a se preocupar e a fome começou a falar mais alto, a ponto de os mesmos homens que haviam sofrido a escravidão do Egito, e visto as maravilhas do Senhor em sua liberdade há alguns meses atrás clamassem para retornar aquele lugar. (Êxodo 16: 2 e 3 (Ler)).
                O povo murmurou contra Moisés e contra Deus e o Senhor que assumira a responsabilidade de cuidar deste povo, não se omitiu, mas cumpriria sua promessa de salvação, nem que tivesse que cair pão do Céu.
 
Providência Divina:

1.       Comida: Maná o Pão do Céu, com gosto de Mel. (Êxodo 16: 4 -8 (Ler))

a.        Primeiramente o povo desejou carne e o Senhor disse a Moisés que ao fim da tarde saberiam que era Deus e pela manhã teriam o pão. Esse cuidado ajudaria os israelitas a entenderem e reconhecerem que o Senhor era seu maravilhoso libertador, esta mensagem precisava ser entendida de forma a influenciar o modo como encaravam a vida e tomavam suas decisões.

b.       O fato de Deus providenciar o Maná significou que o povo poderia viajar sem a preocupação de obter comida, como o Maná não era produto de um trabalho, sua provisão por parte de Deus reverteu o resultado da queda de Adão, onde Deus disse: “Em fadiga comerás da terra todos os dias de tua vida e ainda sim a terra dará espinhos e abrolhos”.

c.        Cada pessoa pegava o que necessitava para um dia, esta era uma forma de os israelitas demonstrarem confiança de que o Senhor seria o seu provedor de todos os dias, desobedecer a esta regra da colheita mostraria falta de confiança em Deus.

d.       E ainda sim, o povo não precisa trabalhar no sétimo dia, podiam descansar pois o Senhor providenciará um dia antes o que precisavam, o que não acontecia no Egito, que quisesse comer deveria trabalhar todos os dias.

2.       Água Fresca: Mesmo no deserto, Deus não permitiu que faltasse água para seu povo, operando milagres em várias ocasiões. (Êxodo 17:1-6 (Ler))

a.        Massá e Meribá foram os nomes dados aquele lugar pelo seu significado, que é tentar ou testar e contender ou contenda, respectivamente, muito usado em disputas legais. Os israelitas nesta ocasião trouxeram contra o Senhor uma causa, acusando – o de não cuidar deles de maneira adequada. A questão sobre sua presença entre eles resume a acusação de que o Senhor não estava agindo em benéfico do povo como deveria e como tinha prometido.

b.       Este mesmo povo que murmurava agora, em dois capítulos atrás já tinham sido tratados por Deus e não precisavam ter duvidas que o Senhor iria prover o que lhes era necessário para a sobrevivência, se já lhes dava pão que dificuldade teria em lhes dar água. (Êxodo 15: 23-25 (Ler)). Nesta passagem Deus transformou águas amargas em águas doces e boas para o consumo, que duvida deveriam ter de que o Senhor providenciaria o necessário.

c.        Ainda sim, se lermos mais adiante notamos que o Senhor mais vez irá providenciar água de forma milagrosa para o seu povo que também estava contendendo contra Deus. NM 20:10-13 (Ler).


3.       Sombra: Ainda sim presença de Deus se evidenciava na visibilidade da nuvem e da coluna de fogo; o conforto era físico e espiritual. (Êxodo 13:21-22 (Ler)).

a.        Para Israel o deserto foi mais que um caminho, foi uma escola. Eles tiveram a oportunidade de aprender sobre o amor de Deus, sua misericórdia e a fidelidade deste Deus. Ele por sua vez os conduziu pelo Deserto e os experimentou ao longo da jornada de quarenta anos.

b.       Veja o objetivo de Deus em Deuteronômio 8: 2-6. Assim como um pai castiga um filho a fim de corrigi-lo e o colocar no caminho certo, assim Deus teve o cuidado com os Hebreus.

 Aprendizagem:

                Tudo o que o Israel viu e passou nos ensina muito sobre o Senhor e a mensagem que Ele tentou deixar para sua nação, e que hoje nos deixa da mesma forma. Sem perceber algumas vezes agimos como os Hebreus, em meio às batalhas ou ao sofrimento nos esquecemos do que o Senhor já nos fez, das vitórias que nos deu e como cuidou de todos nós, nos mínimos detalhes até aqui.

                E hoje o nosso Deus se faz tão vivo e presente como antes:

 

1.       Jesus é o pão vivo que desceu do céu, suficiente provisão para todos e para toda a vida, a fim de nos manter fortalecidos nas caminhadas. (Jo 6: 27 e 41b (Ler));

2.       Apresentar o Espírito Santo como fonte de água que brota para a vida eterna (Jo 7: 37 e 38 (Ler));

3.       Podemos destacar a constante proteção oferecida por Deus a quem caminha com Ele em humildade e submissão. (Sal 59: 16 (Ler));

 
Conclusão:

                O objetivo principal deste estudo e algo que alguns Hebreus devem ter percebido no meio de todos estes acontecimentos é exaltar o poder provedor e sustentador de Deus. Notem que Deus lhes fez uma promessa e dia a dia a reforçava através de seu cuidado, ainda sim, como maiores privilegiados tinham a presença do Senhor dia e noite durante quarenta anos de peregrinação no deserto, ora em forma de nuvem que lhes dava descanso ora em forma de coluna de fogo que lhes aquecia e os protegia. Ainda sim, nenhum desta geração entrou na terra prometida, pois cedo se desviou sua devoção sincera e se inclinaram para a murmuração. Mesmo assim Deus não deixou de fazer a sua parte. Isto é um testemunho da fidelidade de Deus e da extensão da sua misericórdia e graça, mas igualmente um alerta para todos os que andam nesta terra a sombra de Deus e desejam por eles ser recebidos na glória. (I Co 10: 1-6 (Ler))

Valentes de Davi

Introdução e contexto

                Rute se casou com Boáz, e deu a luz a um filho chamado Obede. Este casou – se e teve um filho chamado Jessé que mais tarde torna-se pai de 08 filhos, dentre eles o mais novo Davi.

                Davi foi ungido rei por Samuel enquanto Saul o primeiro rei de Israel ainda era vivo, o que futuramente lhe traria grandes problemas. Neste período Davi derrotou a Golias, habitou na casa de Saul, tornou – se amigo de Jonatas o príncipe e logo em seguida passa a ser perseguido por Saul por terríveis 10 anos.

                Davi em seu reinado foi um líder carismático, valente, com coração de leão, amigo leal, homem de inabalável fé. Lutou e venceu muitas guerras, além de guerreiro conquistou o mundo e tornou-se um grande exemplo de poeta compondo seus salmos de adoração ao Senhor. Líder justo e devotado ao seu povo e modelo de homem que se arrepende e entende o coração de Deus.

                Consolidou o reino de Israel e expandiu suas fronteiras, derrotou seus inimigos transformando sua nação em uma terra segura e prospera.

                Este homem com certeza possuía muitos aliados e um exército que a Bíblia nomeia como tão grande como o exercito de Deus e ainda sim atribui o titulo a seus capitães de Valentes de Davi.

                Para entendermos a grandeza de suas vitórias e das qualidades atribuídas a seu exército, vamos estudar como tudo começou.
      
 Quem eram os homens que habitavam a caverna de Adulão.

                Davi depois de muito tempo sendo perseguido por Saul refugia-se em um local próximo ao vale de Elah, localizado ao centro de Israel, chamado de Caverna de Adulão, que fazia parte de um complexo de cavernas. 

                1º Samuel 22:1-2 - Davi retirou-se dali e se refugiou na caverna de Adulão; quando ouviram isso seus irmãos e toda a casa de seu pai, desceram ali para ter com ele. Ajuntaram-se a ele todos os homens que se achavam em aperto, e todo homem endividado, e todos os amargurados de espírito, e ele se fez chefe deles; e eram com ele uns quatrocentos homens.

                A bíblia relata que aproximadamente 400 homens se juntaram a Davi nesta caverna, que servia como refugio para os que tinham problemas com a justiça ou algum problema que pela Lei pudessem ser levados presos ou serem mortos.

Entendemos então que este refúgio servia para homens, nem sempre de má índole, mas que de alguma forma em sua sociedade eram considerados dispensáveis e para que não fossem mortos ou presos se retiravam e passavam a não mais existir para sua nação sendo completamente abandonados.

Homens muitas vezes não infiéis ao Deus de Israel, até aquele momento em que Davi, como descreve a bíblia se torna chefe deles.

                O primeiro relato que temos destes homens ao lado de Davi esta no capitulo seguinte a sua menção em 1º Samuel 23:3, onde uma localidade chamada Queila esta sendo atacada pelos Filisteus e Davi decide que ira a batalha para libertar e salvar o povo dali.

                Davi consulta ao Senhor e este lhe diz que dará a vitória, este se volta para o seu “bando” e estes covardemente lhe disseram “tememos aqui em Judá” dentro da caverna, “ainda mais em Queila em uma batalha contra os filisteus”. Mas Davi confiante no Senhor leva os seus homens e Deus opera um grande livramento aquele povo. 

As vitórias dos Valentes de Davi 

                O exercito de Davi era o exercito de Deus, assim como as vitórias de Davi eram vitórias de Deus. O exercito de Deus é formado somente por quem é leal ao Senhor, do mesmo modo o exercito de Davi dedicou-se a devoção total ao seu rei.

                Passaram de homens inexistentes para a sociedade da época para servos do Deus Altíssimo, confiavam em seu rei que confiava no Senhor e estes passaram a seguir e confiar em Deus. E assim o Senhor operou milagres e deu libertação a Israel através de suas vidas. 

                As histórias a seguir estão descritas nos livros de Samuel e Crônicas, conforme segue:

                Josebe – Bassebate

                Este guerreiro foi um dos principais guerreiros de Davi e ao que tudo indica homem próximo do rei e digno de sua confiança. Com sua lança este guerreiro              lutou sozinho contra oitocentos homens e matou a todos em apenas uma batalha.

                Eleazar

                Também um dos principais guerreiros de Davi, lutando junto com ele lado a lado. Este homem juntamente com seu rei desafiaram aos filisteus que estavam reunidos para a batalha, todos os demais israelitas já haviam fugido do local , mas Eleazar permaneceu e lutou contra os filisteus os matando, lutou tanto que sua mão se cansou e ficou apegada a espada como se não pudesse mais soltar a espada. E a bíblia relata que naquele dia o Senhor efetuou grande livramento.

                Samá

                Os filisteus se ajuntaram em Leí, onde havia uma plantação de lentilhas e Samá era o responsável pelo local. Os filisteus atacaram e todo o povo fugiu sobrando somente este bravo guerreiro que se posicionou no meio da plantação e sozinho enfrentou todo o exercito dos filisteus e matou a todos os que se opuseram a ele, livrando o local da mão dos invasores.

                Ainda sim, três guerreiros valentes foram ter com Davi na caverna de Adulão na época em que os filisteus acamparam com suas tropas, próximos a Belém, quando Davi suspira por um pouco de água das fontes de Belém. Ao ouvirem isso, e sem Davi saber, decidem atender a vontade de seu rei. Estes três homens guerreiros invadem o acampamento inimigo enfrentam todos os perigos e retornam a Davi com a água desejada. Davi sabiamente oferece aquela água como oferta ao Senhor, pois valia a vida de seus três maiores guerreiros que sem hesitar buscaram satisfazer a sua vontade.

                Abisai

                Conhecido como irmão de Joabe, ainda sim chefe de trinta dos maiores guerreiros, com sua lança lutou sozinho contra trezentos homens e matou a todos, se tornou o mais nobre e o primeiro entre os 30 maiores guerreiros de Davi.

                Benaia

                Este guerreiro é personagem principal de grandes feitos mencionado pela bíblia, sendo que primeiramente lutou sozinho contra dois gigantes guerreiros moabitas. Ainda sim em tempo de neve precisou descer até uma caverna onde foi atacado por um leão e o matou. Também lutou contra um gigante egípcio de dois metros e meio, que possuía uma lança afiadíssima, com um cajado retirou a lança do egípcio e o matou com sua própria arma.

Joabe

                Juntamente com seu exercito invadiu a cidade de Amom. A bíblia relata que este guerreiro cercou a cidade,  atacou e destruiu. Rendeu o seu rei lhe retirou a coroa da cabeça e entregou ao seu rei, Davi. A coroa pesava aproximadamente 30 quilos e era de ouro maciço com pedras preciosas que passaram a fazer parte da coroa do próprio Davi.

                Sibecai

                Assim como seu rei os israelitas se tornaram especialistas em aniquilar gigantes, em um confronto entre Israel e os filisteus Sibecai matou um gigante chamado Sipai e assim Deus deu mais um livramento a Israel e os Filisteus foram derrotados.

                Elanã

                Em outra batalha contra os filisteus este guerreiro lutou contra Lami, irmão de Golias. A bíblia relata que a lança de Lami era enorme e muito pesada e grossa, com sua ponta afiada como uma agulha, mas Deus deu a vitoria ao guerreiro de Davi.

                Jônatas

                Em outra batalha em Gate, contra os filisteus, um descendente dos gigantes, homem de seis dedos nas mãos e nos pés desafiou os israelitas e foi derrotado por Jônatas.

                Ainda o livro de Samuel e Crônicas citam mais outros guerreiros considerados valentes de Davi, porém nada mais foi registrado especificamente sobre eles. Sabe – se, porém que quanto mais Davi vencia mais homens se juntava a ele para formar seu exercito.

                A palavra de Deus relata que estes homens eram homens de guerra para pelejar, homens valentes, armados de escudos e lanças seus rostos eram como de leões e eram ligeiros como gazelas sobre os montes.

                Seu exercito se tornou poderoso o que começara com 400 homens desprezados pela sociedade, agora com a benção e o favor de Deus ultrapassava 350.000 que se colocaram em posição de batalha e marcharam para proclamar Davi rei sobre todo Israel.

                Ainda sim a bíblia afirma que o mais fraco dos homens de Davi valia por 100 e o mais forte valia por 1000.

Conclusão.

                A história de Davi e de seus valentes nos ensina que devemos nos refugiar em Deus (Caverna de Adulão) e confiar no Senhor. Podemos descobrir assim como Davi descobriu em Adulão, que muitos são os que se encontram na mesma situação que nós.

                Seus primeiros guerreiros, não se tratavam e nem poderiam ser comparados com um corpo de cadetes de policia ou um pelotão militar da menor nação do mundo ou da mais bem preparada. Todos estavam em dificuldades, endividados, fugitivos, descontentes, desanimados, longe de suas vidas. Um verdadeiro bando de desajustados. A escória da sociedade, rejeitados, perdedores ou marginais.

                Assim como a igreja. Muitos de nós não somos os endividados, em dificuldades e descontentes?

                01º Coríntios 1: 26 e 27: Irmãos pensem no que vocês eram quando foram chamados. Poucos eram sábios segundo os padrões dos homens, poucos eram poderosos, poucos eram nobres de nascimento. Mas Deus escolheu o que para o mundo é loucura para envergonhar os sábios, e escolheu o que para o mundo é fraqueza para envergonhar o que é forte.

                Refugiar-se em Deus e buscar consolo no meio do seu povo, tornando – se cada vez mais forte mediante a graça de Deus que nos é concedida. Estas foram às atitudes tomadas por Davi para que pudesse sobreviver em suas dificuldades e também podem ser as nossas.

 

Fontes de pesquisa e Referências:
Bíblia da Mulher – Comentários de rodapé;
Derrubando Golias de Max Lucado;
 http://www.igrejaemsaovicente.com.br/; http://www.montesiao.pro.br;
 http://www.webartigos.com.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Lições Sobre José no Egito


Licões Sobre José no Egito

Introdução

                A história dos patriarcas é apresentada em Genesis considerando os aspectos naturais da vida e as intervenções sobrenaturais de Deus. O ciúme dos irmãos mais velhos e a preferência de Jacó por José são compreensíveis. Todavia, embora os sentimentos e intentos sejam próprios dos homens, o rumo da história pertence a YAHWEH. Os atos dos homens, tanto bons como maus, resultarão, ao final, no cumprimento das promessas de Deus e no desenvolvimento do seu plano redentor.

 

Atitudes de José Perante Seus Irmãos e as consequências

                Jacó, teve quatro esposas foi pai de doze filhos, sendo:

De sua primeira esposa Lia:

1.       Rúben (que significa eis um filho)

2.       Simeão (escuta)

3.       Levi (apego)

4.       Judá (louvor)

5.       Issacar (alugado, ou recompensa)

6.       Zebulon (habitação)

7.        Diná (justificada).

Da sua serva Zilpa:

1.       Gade (boa sorte)

2.       Aser (feliz)

De sua segunda esposa Raquel:

1.       José (Ele tirou, ou possa Ele acrescentar)

2.       Benjamim (filho da minha mão direita)

Da sua serva Bila:

1.       (justiça)

2.       Naftali (luta)

 

                José é mencionado, pela vez primeira, nas Escrituras Sagradas, em Gn.30:24, quando se noticia o seu nascimento miraculoso. Raquel, sua mãe e a mulher predileta de Jacó, por quem o velho patriarca havia trabalhado para Labão durante quatorze anos, era estéril. Entretanto, Deus lhe abriu a madre e José nasceu, revelando, desde logo, que se tratava de uma pessoa com uma missão especial no plano divino para a salvação do homem. Seu nome, “José” (em hebraico, “Iossêf”) significa “Deus acrescenta” ou “aquele que acrescenta”, nome dado por Raquel para expressar ao Senhor seu desejo de ter mais um filho, desejo que foi atendido, embora Raquel tenha morrido neste seu segundo parto (Gn.35:16-19).

                O fato de Jacó mandar sempre que José lhe trouxesse informações, mostra que José era uma pessoa cuidadosa, fiel e observadora, o que parece não se repetia na conduta de seus irmãos. Em Gn.37:14, por exemplo, Jacó pediu a José que trouxesse informações não só a respeito dos seus outros filhos, mas também do rebanho, circunstância que revela a falta de confiança que Jacó tinha em relação aos seus filhos, bem como a própria falta de qualidade no serviço deles.

                 De pronto, vemos que José, ainda com 17 anos, já se revelava uma pessoa que cumpria rigorosamente com seus deveres, que apresentava sempre um serviço de qualidade, cuja excelência no trabalho se revelava como um importante diferencial em relação às pessoas que o cercavam.

                Mas, se José se apresentava como um servidor excelente de seu pai, também refletia um traço de caráter que lhe traria muito transtorno. Embora trabalhasse bem, fosse digno de confiança de seu pai e pessoa cuidadosa, era um jovem que fazia questão de se fortalecer à custa da desgraça alheia. Com efeito, a Bíblia nos diz que “…José trazia uma má fama deles(dos seus irmãos, observação nossa) a seu pai” (Gn.37:2). José, talvez para se fortalecer ainda mais diante de seu pai, fazia questão de somente contar as coisas ruins, de alimentar a “má fama”, de “difamar”, isto é, “afirmar e divulgar fatos que ofendem a reputação de outrem”. José não se importou em destruir a reputação de seus irmãos junto a seu pai e, por isso, ao longo de sua vida, terá sempre a sua reputação ferida, num clássico exemplo bíblico da “lei da semeadura” (Gl.6:7).

                Apesar desta situação de guerra, José não se intimidou em contar a seus irmãos e a seu pai os sonhos que teve, sonhos que vieram da parte de Deus, mas que foram revelados por José de modo precipitado e, até certo ponto, ingênuo. Foram dois sonhos. O primeiro em que os filhos de Jacó atavam molhos no meio do campo e o molho de José se levantava e ficava em pé, enquanto que os demais molhos o rodeavam e se inclinavam ao seu molho (Gn.37:6-8). Ao contar o sonho aos seus irmãos, isto aumentou ainda mais o aborrecimento deles em relação a José, pois era nítida a interpretação de que José deveria reinar ou dominar sobre eles.

José confiando em Deus de Escravo traidor ao 2º no reino

                A história de José esta repleta dos mais diversos sentimentos, e assim como nossa vida repleta de mudanças e da necessidade de confiar no Senhor mediante as adversidades.

 

A vida de José se divide em quatro partes:

1.       José aprisionado por seus irmãos e vendido como escravo aos egípcios. (Imaturidade e desavença com seus irmãos)

a.        José sai para procurar seus irmãos em uma cidade a mando de seu pai, pois estavam com rebanho e seu precisava de noticias, ao avista-los de longo seus irmãos começaram a tramar (Inveja e Ódio), quando José chega até seus irmãos estes retiram suas roupas e o lançam em um poço seco (Medo), discutem entre si sobre o que fazer com ele quando Ruben, filho mais velhos dos 12 tenta convencer a todos que façam aquilo (Misericórdia). Decidem vende-lo com escravo e mancham sua roupa para enganar seu pai, dizendo que encontraram suas roupas com sangue, e acreditavam que algum animal o teria matado. Todos mentem ao pai que jura ficar de luto por toda a vida.

 

2.       José é empregado de Potifar e o segundo em sua casa (Integridade, Fidelidade e Confiança no no Senhor)

a.        José foi vendido a Potifar que era capitão da guarda do rei do Egito, e neste momento notamos que desde que foi vendido algo mudou em seu coração e em sua atitude, lembrou-se do Deus de Abraão e de Isaque que seu pai tanto falara e passou a confiar nele e podemos afirmar isto pela postura que apresenta a partir daqui e da forma como age com relação ao trabalho e vida pessoal. Em sua função na casa de Potifar se fez o melhor e Deus o abençoou com a graça de seu mestre e passou a ser o 02º na casa de Potifar e mandava na casa tanto quanto o próprio dono, a única coisa que não podia tocar era em sua mulher e José estava bem ciente disso. Mas por fim a mulher de Potifar o desejou e quis possui-lo, aparentemente José estava só, podia fazer o que quisesse e ninguém saberia para poder julga-lo, mas seu coração apontava em outra direção neste momento, não era um menino que buscava coisas vãs e sim um homem que sabia que o que tinha era pela misericórdia de Deus e que ansiava honrar este Deus que o abençoara tanto. Fugiu da presença da mulher que mentiu para seu marido que mandou prender José.

 

3.       José é prisioneiro na cadeia onde ficam os presos do rei e se torna o prisioneiro vigilante. (Humilhação e mais uma vez o Favor de Deus)

a.        Já preso José permaneceu confiante no Senhor, claro que em sua mente muitas coisas passavam pois agora tinha aproximadamente 20 anos estava longe de tudo que considerava fundamental para a vida  e para sua existência, de seu família, enfim estava só em terra estrangeira e ainda preso. O carcereiro colocou José como encarregado do presídio e Deus esteve com José este tempo e a bíblia diz que o carcereiro com nada se preocupava, pois José cuidava de tudo. Um dia dois homens prisioneiros do Rei tiveram um sonho e José os interpretou dizendo que um iria morrer e o outro voltaria a trabalhar para o Rei, e lhe pediu que se lembrasse dele nesta data e pedisse a favor dele. Passado três dias ocorreu como José disse mas o homem não se lembrou de José.

4.       José interpreta os sonhos do Rei, lhe propõem estratégias para salvar o reino e é promovido a governando do Egito.

a.        Passados dois anos o Rei teve um sonho que o intrigou e nenhum de seus adivinhos conseguia lhe explicar, o homem a quem José havia revelado o sonho se lembrou de José e afirmou ao rei que ele o poderia ajudar. Assim o rei pediu a ele que intrepetasse o sonho e este lhe disse que siginificavam sete anos de fartura e sete anos de fome, e ainda foi além sugeriu ao Rei que estratégias de como garantir a sobrevivência do povo durante este período, o rei se maravilhou tudo isso, e José lhes disse que o seu Deus o havia revelado estas coisas, e o nomeou governador do Egito tendo sobre ele somente o Rei e mais ninguém, o rei ainda lhe deu seu anel que era sua assinatura como sinal de autoridade e tudo o que corria no pais teria que passar por José. Deus esteve com ele e José acumulou tanto alimento que a bíblia diz eram como as areias do mar.

O mundo inteiro é tratado pelo Egito

                Após os sete anos de fartura, entra em cena a atividade do Salvado do Mundo como foi José chamado por faraó.

                José manteve – se integro ao Senhor em todo este tempo, e o Senhor encontrou nele o salvador de Israel, quando Jacó fica sabendo que no Egito há alimento envia seus filhos para que possam assim comprar, e acabam por se Encontrar com José.

Os sentimentos de José ao reencontrar seus irmãos (José chorou)

                Após tantos anos longe de casa, mas na presença do Senhor José pode finalmente entender o que era servir ao Senhor. Era abrir mão de si mesmo, e ver que Deus é o único capaz de tirar algo de bom das situações ruins que acontecem conosco, ali José já havia entendido o propósito de tudo o que lhe ocorrerá, mas também entendia que seus irmãos precisavam admitir seus pecados ao Senhor para que assim fosse perdoados e faz uma série de testes com seus irmãos.

                Primeiro questiona a integridade de todos e os aprisona, onde estes confessam entre si, sem saber que José entendia sua língua, pois falava com eles mediante interprete, os pecados que cometeram contra seu irmão.

                 José pede que seus irmãos tragam para ele o irmão mais moço Benjamin que havia ficado em Canaã junto ao seu pai por ser o único filho de Raquel que sobrevivera e deixa presos a um de seus irmãos por dois anos.

                No retorno para casa mais um teste, no saco de mantimentos de seus irmãos são encotrados todo o dinheiro que eles levaram para pagar as compras.

                Quando retornaram para o resgate seus irmãos também estavam mudados, e foram justos ao devolver os valores que não haviam sido cobrados anteriormente. Ainda sim José os pressiona e Judá se coloca como prisioneiro no lugar de Benjamim que fora acusado de roubar uma taça de prata de José e isto foi o suficiente para que José se entregasse para seus irmãos e se revelasse a eles pedindo que toda sua família ao todo 70 membros sem considerar as mulheres fossem para o Egito.

 

A promessa de Deus a Abraão, Isaque e Jacó começa a se cumprir

 

                É neste momento que a promessa do Senhor a Abraão começa a fazer sentido:

                Então disse a Abrão: Sabes, de certo, que peregrina será a tua descendência em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos,

                Mas também eu julgarei a nação, à qual ela tem de servir, e depois sairá com grande riqueza.

                E tu irás a teus pais em paz; em boa velhice serás sepultado.

                E a quarta geração tornará para cá; porque a medida da injustiça dos amorreus não está ainda cheia.

                Gênesis 15:13-16

               

O habitar em Gosen e as bênçãos proferidas por Jacó

                O favor de José junto ao faraó era tão grande que este ofereceu ao seus familiares a terra de Gosen onde todos os israelitas iriam habitar a partir de então e  como a própria palavra do Senhor diz era a melhor terra no Egito e ali Jacó profetiza sobre seus doze filhos parafraseando as palavras do Senhor e indicando que seriam uma grande e forte nação.

 

Reconciliação Total de José e seus Irmãos

                Após a morte de Jacó seus irmãos preocupados com o fato de José querer se vingar, ainda não entendiam o perdão de José por causa da ultima situação de seu encontro onde José os colocou a prova e assim seus irmãos arrependidos e preocupados disseram a José que não os matassem mas que os perdoassem e se entregaram como Servos, José pos-se a chorar os perdoou mais vez e os acalmou com palavras carinhosas.

 

Conclusão – Lições para hoje

                O que aprender a fazer com José:

a)       José em todos os momentos de sua vida foi uma pessoa que se preocupou em agradar ao Deus e te-lo como prioridade.

b)       A segunda lição que apredemos com José é fidelidade a Deus independente das circuntâncias.

c)       A terceira lição que aprendemos com José é o da excelência do serviço, da dedicação e do esforço no trabalho secular o espiritual.

d)       Devemos manter a pureza e a separação do pecado para mantermos um relacionamento com Deus, mesmo em terras distantes José levava em seu coração o temor a Deus e a seus preceitos.

e)       Perdão.

f)        Prioridade as benção espirituais, pois como governador do Egito José poderia ter todas as riquezas e bens que aquela época poderia oferecer mas se apegou aos princípios do Deus verdadeiro e desta forma salvou a terra que conhecia.

g)       Humildade, pois no momento em que explicou ao Faraó o sonho este foi elogiado, e não se exaltou, simplesmente disse a Faraó que só lhe dizia o que Deus o havia revelado, levando toda a glória a Deus e exaltando ao Senhor.

 

                O que aprender a não fazer com José:

a)       Evitar difamação ou fofocas dos outros, o difamar ou seja buscar encontrar defeitos e erros no que os outros fazem tem como única consequência a desordem, criação de inimizade e inveja, devemos não buscar apontar mas buscar apoiar, pois todos somos pecadores e carecemos do perdão e correção do mesmo Senhor. Lembre-se o Senhor não precisa de advogados de acusação pois ele é o Juiz.

b)       Desejo de nos impormos aos demais ante a revelação divina do nosso chamado, pois devemos aprender que o que Deus nos revela tem o tempo certo para se cumprir e não deve ser usado para imposição ou como status, as promessas do Senhor serão recepcionadas quando estivermos prontos para recebe-las e não no momento em que achamos que podemos recebe-las pois as usaremos mau.

c)       Jamais podemos confiar em nossas próprias forças, ou em nós mesmos e irmos ao encontro do inimigo despreparado, devemos sim estarmos vigilantes em oração por nós e uns pelos outros para que possamos enfrentar as adversidades respaldados por Deus.

d)       Controlar o nosso Ego, José por diversas vezes tentou utilizar o dom de Deus para que pudesse ter alguma vantagem como se estivesse querendo dar uma ajuda a Deus, mas em todas obiteve problemas, primeiro na revelação imatura dos sonhos na casa de seu pai que fomentou o ódio de seus irmãos, e o pedido que fez ao copeiro de falar ao rei a seu favor, pois o copeiro nada falou e este ficou preso por mais dois anos para que não acreditasse que seus esforços o levaram a vencer.